sábado, 29 de outubro de 2011

Pelas Universidades livres dos vagabundos

Recentemente a USP foi classificada pela World University Rankings a 169ª melhor universidade do mundo e a melhor da América Latina. Entre as universidades públicas, é aquela com o maior número de vagas de graduação e de pós-graduação no Brasil, sendo uma das que mais responde pela formação de mestres e doutores do mundo. É responsável por 25% da produção científica brasileira. Pouco mais de outros 25% também são produzidos por outras universidades paulistas. Enfim há uma infinidade de especializações, cursos de pós-graduações e que ainda atendem a quase dois mil estudantes estrangeiros dos mais de 70 mil matriculados.

A USP recebe 5% da arrecadação do ICMS do Estado São Paulo, a maior arrecadação desse imposto no país. Por força da incidência desse tributo, pela chamada cunha fiscal; ou seja, embutido ao preço e sobre ele incidindo outros impostos, promove um efeito cascata que atinge impetuosamente o bolso de todos consumidores paulistas. Isto se dá em proporção mais acentuada aos mais humildes, que sequer conseguem vagas em creches públicas para matricular seus filhos, indo até aos cidadãos mais abastados que podem pagar escolas particulares de excelente qualidade.

São cerca de R$ 3 bilhões por ano, arrecadados junto aos paulistas de todas as classes sociais; cidadãos que vivem no mesmo Estado, mas não usufruem das primazias de uma minoria e que via de regra foram os frequentadores das melhores escolas particulares. Estes, mesmo que tenham condições financeiras a custear seus estudos universitários, em nada contribuem diretamente para isso, e nem mesmo quando formados terão obrigação de fazê-lo. Alguns destes, cômodos a este status quo, não desejam que a polícia atue nos quase 8 milhões de metros quadrados do Campus Armando Salles de Oliveira – Cidade Universitária. Esses vagabundos, tal qual os traficantes nos morros do Rio de Janeiro querem transformar aquela área em território próprio.  Subversivos a ordem e a moral, invadem prédios, apedrejam policiais e fazem uso de drogas nas dependências da universidade. - Que o façam em suas casas diante de seus pais – aqueles que os criaram e que consentem este comportamento; pois não é a sociedade, e a custa dos contribuintes que isto se resolve. Trata-se de uma minoria de vagabundos apaniguados que dizem que vão aulas, e até chegam ao campus em carros importados ocupando lugar de quem poderia estar ali estudando e um dia ser útil à nação.

Militantes de micropartidos, e se assim podem ser considerados, próprios de uma ideologia retrógrada de essência esquerdista e primária, associam a presença de policiais à "repressão", alegam que e isso fere a autonomia universitária e classificam o campus como "território livre". São na verdade alienados e estúpidos filhos de uma sociedade mormente consumista.

Para tentarem ofender a inteligência dos demais entes da sociedade; pois esses vagabundos nada explicam na esdruxula ostentação de se colocarem como elementos com capacidade intelectual privilegiada; buscam justificar tratar-se de movimento ideológico, e com isso impostam uma lista de exigências absurdas, do ponto de vista ético e jurídico. Imorais, além de fazerem mal uso de recursos públicos, tal qual políticos corruptos, defendem o uso de drogas, criticam a reitoria e acusam a polícia de agir como "o braço armado dos exploradores" (?), pedindo sua imediata retirada do campus, provavelmente para dar livre tráfego aos seus fornecedores, - os traficantes, tal qual assassinos, como em recente episódio cuja vitima foi um aluno da Faculdade de Economia, além dos incontáveis casos de estupro e roubos. Esses  vagabundos, ladrões dos contribuintes paulistas , exigem ainda a extinção de todos os processos administrativos e criminais contra estudantes, professores e funcionários. São centenas de sindicâncias e de ações judiciais instauradas pela reitoria e Ministério Público para apurar desvios de conduta e punir quem depredou o patrimônio da USP e ameaçou a integridade física de colegas em assembleias, greves e piquetes. Se tudo isso ocorre é porque temos autoridades fracas e omissas. Se não fosse isso esses vagabundos não estariam no meio estudantil ocupando lugar de outros jovens decentes; assim como  hão de ser demitidos em caráter sumaríssimo, e a bem do serviço público, todo e qualquer funcionário, e em qualquer esfera envolvidos em atos contra bons princípios e a moral. Os contribuintes estão fartos de pagar pela canalhice de uns e a patente omissão de quem é pago para administrar e não faz por pura incompetência ou para atender a politicalha.     
    
Não é justo que os paulistas custeiem com os seus impostos essa canalhice, essa marginalidade ostensiva de algumas centenas de indivíduos, que mascaram a presença da polícia pela aversão à ditadura como se ela estivesse vigente à nossa realidade. O momento é de ação de autoridades, mas autoridades com apego à moral, e que se portam como verdadeiras autoridades, e não como macacas de auditório, frente a um aparelho de TV, num barraco improvisado no canteiro de obras do Itaquerão vibrando e concedendo verbas a um patrimônio particular enquanto os demais contribuintes arrecadam punitivamente também para mais essa palhaçada. Decepção esta causada pelo prefeito Kassab e principalmente pelo Governador Alckmin.

Não são ainda os contribuintes, diante da exacerbada carga fiscal que os assola, ver qualquer instituição de ensino e em qualquer nível ser depauperada patrimonialmente ou moralmente, incluindo a permissividade em agressões a professores sem a punibilidade adequada por alguns que se dizem estudantes, e na verdade até estimulados por esse tipo de comportamento que vem de suas próprias casas. Em qualquer casa de ensino, se os princípios mínimos de conduta moral não forem seguidos, que se lancem fora os autores dessa empreitada; pois há de se preservar a integridade do corpo.     
      
Que o Ministério Público tome a frente em defesa dos contribuintes e da moral basilar da instituição ensino; pois é irascível argumentar com esses promotores ou empreiteiros de badernas. Sem chavões clangorosos que se dê um basta e se acabe com essa a dialética politiqueira e promíscua à ética, apropriadamente articulada a ideais travestidos de: reforma universitária, democratização da universidade, realidade brasileira, classes espoliadas etc.; quando na verdade fazem da USP, e outras tantas universidades e instituições de ensino de qualquer nível, verdadeiros paraísos para vagabundos, desordeiros e maconheiros à custa do erário público. Ou estamos usando recursos tomados dos contribuintes para criar e formar meliantes diplomados?

Oswaldo Colombo Filho/Economista

  O Estado de S.Paulo 29/10/2011
Diário da Manhã (GO) 31/10/2011 

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