sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

A culpa é a pensão da viúva?

Em dezembro 2015 existiam 1.310.715 servidores federais ativos (civis, militares e intergovernamentais), que custaram ao Tesouro Nacional o montante de R$ 152,2 bilhões. Na mesma data eram 1.031.375 servidores federais inativos em todas as áreas e que custaram ao Tesouro o montante de R$ 104,2 bilhões. Com base nesses números, disponibilizados pelos arquivos governamentais, chega-se a duas conclusões básicas:

a)    Em dezembro 2015 havia uma relação de 1,27 servidores federais ativos para cada inativo. Uma distorção gritante, quando num regime atuarial normal tal relação é de pelo menos 4,5 a 5.

b)    A segunda conclusão elementar a que se chega é de que a União necessita de 68,46% do correspondente aos salários dos servidores federais ativos para o pagamento dos benefícios dos inativos. Isto tudo impôs um déficit (no RPPS-Federal) de R$ 72,5 bilhões.

c)    Não há nada igual no planeta; ou seja, mais de 200 milhões de brasileiros custeiam as aposentadorias de uma milhão de privilegiados à razão daquilo que representa 70% do orçamento federal em Educação para toda nação. Em 2016, no RGPS (INSS) o déficit previdenciário foi de R$ 149,7 bilhões, com 30,5 milhões de aposentados e pensionistas, gerando um déficit per capita de R$ 4.908,20, enquanto no RPPS dos servidores públicos federal (civis e militares) o déficit previdenciário foi R$ 77,2 bilhões, com apenas 1,0 milhão de aposentados e pensionistas, gerando um deficit per capita de R$ 77.200,00.

d)   Um grupo de trabalhadores de primeira classe (servidores públicos) composto por 13,4 milhões de brasileiros (ativos, inativos, civis e militares) que representam apenas 6,44% da população brasileira, sendo 2,2 milhões federais, 4,7 milhões estaduais e 6,5 milhões de municipais gastaram em 2016 o correspondente a 15,27% do PIB. Esse percentual representou 46,75% da carga tributária que foi de 32,66% do PIB em 2015.


e)    Um Congresso Nacional com 35.533 trabalhadores de primeira classe, ao custo de R$ 9,2 bilhões ao ano, jamais vai aprovar corte de privilégios de sua patota (amigos e parentes).