Muitos experts do “achismo” lançados ao divinismo fizeram para
o ano de 2012 previsões mirabolantes sobre vários aspectos da Economia
brasileira. Crescimento do PIB de 4,5%, inflação de 3,5% etc.. Um dos
economistas que mais se centrou na ciência econômica seus pareceres foi Alexandre
Schwartsman. Mantega; Bresser e outros piadistas nem mesmo mereceriam
publicação dos órgãos de imprensa pois Economia é coisa séria.
Assim, como economista, li artigos ou até mesmo editoriais
em jornais de grande respeito e circulação, assinados por “notáveis nomes” –
consultores, ex - participes de governos, etc.. e com grande destaque
promulgando descalabros homéricos sobre vários temas como o desempenho da
economia; previdência; energia; educação etc.. O besteirol não passou incólume
pela história, em célere registro dos fatos. Aos melhores e competentes
economistas; porém, evidentemente críticos, muito poucos espaço lhes foi
outorgado nos mesmos jornais. Até aqui neste espaço – Fórum do Estadão, muitos
foram os “artigos” no gênero supracitado e em caráter assertivo até quanto à
previsão do crescimento econômico, origem e números corretíssimos da efetiva
situação dos Regimes Previdenciários; conjuntura concreta da área energética.
Qualitativamente muitos, até na observância da área política mereceriam grande
destaque, pena que a imensa maioria não foi publicada nas edições impressas por
evidente falta de espaço. Há de se lamentar muito neste sentido que o espaço
outorgado seja tão reduzido.
Porém quero ressaltar que não satisfeitos e, neste início de
2013; os mesmos que não se cansam de fazer papel de bobos da Corte; publicamente,
como Mantega, Bresser e outros alquimistas e gozadores vem a carga para aludir
que em 2013 o crescimento do Brasil superará 4% a 4,5% e em pior análise não inferior a 3%. Estão embaladíssimos
pela que ocorrerá nas Copas das Confederações....
Valho-me do que estudei e analiso com os mesmos ou até menos
dados que esses pseudos Economistas possuem; também não tenho bola de cristal;
mas um país cresce com investimentos, e pela sua poupança interna aliando-se a
Educação continuada como forma de prosperar e buscar prosperidade.
Não creio,
piamente, que o país cresça metade da hipótese mais pessimista destes
alquimistas; pois fundamentam suas políticas em consumo tal qual não veem que
estamos caminhando para limite concebível ou estrutural das famílias brasileiras
e se isso se romper, o “pão” não poderá faltar às mesas. Não tardará ao povo
sair às ruas pela aviltante carga fiscal sem retorno algum por um Estado
arcaico, entulhado por dezenas e dezenas de Ministros incompetentes e desqualificados
moralmente.
Fatalmente teremos mais um ano de largas benesses fiscais,
talvez e pelas primeiras expectativas tudo indica que a farra das desonerações
supere R$ 150 bilhões; pode-se imaginar bem mais que isso, caso tenhamos bons
preços de commodities e boa safra – pelas renúncias previdenciárias ao
agronegócio, para azar dos aposentados do INSS - ex-contribuintes; pois ao não contribuintes
nunca há perda no populismo. Mantenho assim mesmo a minha previsão ao PIB, em
torno de 1,5% e olhe lá se não for pior, mesmo com todas “desonerações”
circenses e irresponsáveis de Mantega e Dilma, pois elas estão funcionam como
droga para um viciado que cada vez quer mais mas em nada frutifica ao bem comum
da sociedade, ficando todo efeito aos setores amplamente beneficiados registrando
isso aos lucros e transferências às matrizes quando multinacionais; porém,
exigir do Governo que saibam ler balanços também é pedir demais de minha parte,
alguns podem dizer. isso (?!)..
Oswaldo Colombo Filho
O Estado De S.Paulo 20/01/2013
Congresso em Foco 21/01/2013