Cada
jogador que fez parte das seleções brasileiras campeãs mundiais de 1958, 1962 e
1970 receberá um prêmio especial de R$ 100 mil. São 52 ex – atletas o que
perfaz o total de R$ 5,2 milhões as expensas da Previdência Social. Os
ministros Garibaldi Alves (Previdência Social) e Aldo Rebelo (Esporte) fizeram
mais essa gentileza com o chapéu alheio. Vale citar que Maluf, aliado de Lula
foi condenado, e ora recorre para não ressarcir ao erário paulistano o valor
equivalente a 22 fuscas doados aos campeões de 70. Não só isso é permissível
através da Lei Geral da Copa – aquela que muitos acéfalos acham que deixará
algum legado à nação. Certamente deixará altos ensinamentos na escola e
escalada da corrupção. Os mesmos ex-atletas receberão aposentadoria mensal equivalente
ao teto do INSS, aquela que um trabalhador do Regime Urbano, em tese, para
usufruir deve contribuir por no mínimo 40 anos, sendo que nos últimos 18 pelo
teto máximo e ao requerer ter no mínimo 60 anos de idade para não ser
vilipendiado pelo fator previdenciário. E note, mesmo assim pela forma de
cálculo das médias adotado pelo INSS, nem mesmo chegará ao valor máximo que é
apenas uma referência para formar a base de incidência da contribuição. Custo
total dessa benesse R$ 2,7 milhões/ano aproximadamente.
Roubar pelo povo; para o povo para agradar o povo. |
Seria
oportuno aos Ministros com síndrome de Papai-Noel, explicitassem publicamente o
quanto desviam dos aposentados da iniciativa privada em nome do circo chamado
futebol. Em renúncias previdenciárias e às equipes de futebol profissionais, e
tão somente aos Clubes participantes da série A do Campeonato Brasileiro
chega-se ao total de R$ 150 milhões por ano. Por lei, o Governo deveria
divulgar esses valores anualmente – não o faz! Pobres clubes, e ricos serão
seus torcedores quando se aposentarem, cuja grande maioria continua gritando
gol a cada tramoia descarada como essa. Pobre nação brasileira que espera do
futuro? Ele nada traz e nada nos dará. Nós é que, para construí-lo, devemos
dar-lhe tudo.
Ainda
neste contexto a pseudopresidente
canta e encanta abobalhados pelo futebol ao reabrir o Mineirão... Prometeu
fazer a Copa do mundo e construir ou reconstruir doze sedes; ao que parece
assim o fará – “custe o que custar ao
erário público”. Prometeu também construir seis mil creches; entregou até agora sete. E a galera continua vibrando a cada gol....
O fim do calendário Maia chegou e já passou; porém a imoralidade na coisa
pública brasileira está sempre se reinventado com a triste anuência de uma
nação entregue a mais completa apatia pelos seus desígnios.
Oswaldo Colombo Filho
O Estado de S.Paulo 24/12/2012