quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Fator Previdenciário "economiza"R$ 44 bilhões ao RGPS.


           Isto ocorreu ao longo de 12 anos; ou seja, cerca de 1,8% das receitas totais do Regime no período, e cujas contribuições se concretizam em 95% a 96% pelo setor Urbano que é o vilipendiado pelo fator previdenciário... Ou seja, quem contribuiu, por mais tempo e por valores maiores são os que menos recebem, constitua-se isto proporcionalmente na imposição que o governo dá ao reajuste anual em prejuízo a oito milhões de beneficiários; ou ainda pela forma como é calculado o valor do benefício quando do seu requerimento.
        Não cita o Governo de competência pífia, as renúncias previdenciárias a times de futebol profissionais e que só existem no Brasil, e que tão somente aos Clubes participantes da série A do Campeonato Brasileiro chegam a R$ 150 milhões por ano. Pobres clubes, e ricos serão seus torcedores quando se aposentarem...  Pode-se imaginar o quanto se acumulará com todos os clubes ditos profissionais; sem contar a completa isenção a tudo que se fizer ou produzir em nome da Copa até 2015 no país da bola; desde estádios; chuteiras, chaveiros etc..É o país da bola, - aquela que rola em campo e aquela cujo apelido é contumaz nas transações escusas que marcam a corrupção. Enquanto isso o povão grita gooollll....   
        Não cita a politicalha nacional que ainda o também INSS – já envolvido no “Rosegate”, que o Regime de Previdência Pública dos Servidores Federais (RPPS) abocanhou do Tesouro (ou da Nação como um todo) R$ 56 bilhões; isto tão apenas para cobrir o déficit em 2011 (num único ano) para cerca de um milhão de ex - servidores; e que isto equivale a 79% daquilo que o mesmo pseudogoverno Dilma aplicou na Saúde aos demais 195 milhões brasileiros de segunda classe.  Nem é mencionado, ainda que fosse de passagem de passagem, por outro qualquer incompetente Ministro de plantão, que o Regime Geral da Previdência – RGPS é aviltado pela concessão de Incentivos Fiscais à exportação ao Agronegócio! Se for importante ao país, ou seja e fosse a toda nação; - então seria somente aposentado do setor privado a custear esse lucro do Agronegócio? Até que ponto as commodities necessitam de incentivos fiscais, ou seriam estes, os previdenciários disfarçados fazendo a função de fiscais a não serem vistos por órgãos internacionais voltados a práticas a controles de práticas comerciais Tal qual a isenção concedida a times de futebol este também  só existem no Brasil. Ainda sendo invenção tupiniquim, e que nos livrem da menção em demérito aos índios, pois em muitos aspectos os petralhas estragaram este país a primórdios que antecedem as nações tupi-guarani, em especial à moralidade; vale citar sequer existe no planeta algum regime previdenciário que tenha dois índices distintos de reajustes aplicados a seus beneficiários - sendo que no Brasil assim funciona: - quem mais contribuiu lhe aplicado índice inferior a quem menos ou sequer contribuiu!!! 
         O RGPS não tem problemas de sustentabilidade arrazoando-se por suas fontes de financiamiento  mas sim pela subtração destas em favor de outras rubricas de interesses do corporativismo que se instala no Poder
           Este é país que a politicagem-marginal se acostumou a fazer cortesia com o chapéu alheio enquanto povo continua gritando goooolll ou saindo na escola de samba e em pior escala para homenagear vagabundo. Posto o fato  de reajustes diferenciados e que começou com FHC, e que Lula, safadamente se elegeu mentindo que iria mudar  passa a primar a assertiva de transferência de renda dos aposentados que mais contribuíram para os que nunca contribuíram – Regime Rural; além, da também transferência aos exportadores do Agronegócio; caso contrário, em sendo incentivos fiscais o Tesouro é que deveria arcar! Entre 2002 e 2011 o valor das renúncias previdenciárias ao Agronegócio totalizaram R$ 544,7 bilhões - o que equivale a 1.238% daquilo que o governo disse ter economizado como o fator previdenciário e que não passa de um roubo no contracheque de milhões de aposentados da iniciativa privada. O governo não divulga, Economistas independentes cansam de demostrar, e o povo ....ora o povo nem se preocupa consigo mesmo . . .  

     Oswaldo Colombo Filho
O Estado de S.Paulo 08/12/2012

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