O veto do ministro Fux
(STF) impedindo a votação do veto da Presidência sobre a decisão dos royalties
do petróleo em caráter de urgência pelo Congresso, faz todo sentido, além de
atinar para o regulamento do próprio Congresso, e que aliás a Casa faz questão
de não cumprir. É de fato a casa da mãe Joana, ou do pai Sarney – dá na mesma.
Tem lógica, pois a fila de apreciação de todos os vetos deve ter data e sentido
recorrente a que se aprecie os que antes chegaram ao Legislativo; afinal o
Congresso está lá para atender os interesses da nação como um todo e não de
parte dela que se arvora em direitos a obter caráter de urgência pelo que
entende ser importante ao que lhe aflige.
A marginalia que aquela Casa sustenta, possui interesses
outros ligados a um clientelismo explícito. São 3 mil vetos largados em algum
canto; simplesmente, deixando-os ao "Deus dará". Um dia responderão a
Ele pelo ato de tamanha mesquinhez. São amorais, que sequer cumprem com suas
obrigações a que são regiamente pagos. Estarão a guisa de que interesses ou
vantagens omitindo-se de suas obrigações em deliberar sobre os vetos como o
aumento dos aposentados, ou o fim do fator previdenciário? Vimos de maneira
clara e límpida pelo julgamento do mensalão a que migalhas se sujeita um
parlamentar para usurpar o direito de milhões de pessoas. Evidentemente, tal
processo é apenas a ponta de um iceberg da moral torta deste país, e que
lamentavelmente, ainda parece contar com a crendice de parte significativa da
população brasileira.
Oswaldo Colombo Filho
O Estado de S.Paulo 18/12/2012
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