quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Royalties do petróleo


        O veto do ministro Fux (STF) impedindo a votação do veto da Presidência sobre a decisão dos royalties do petróleo em caráter de urgência pelo Congresso, faz todo sentido, além de atinar para o regulamento do próprio Congresso, e que aliás a Casa faz questão de não cumprir. É de fato a casa da mãe Joana, ou do pai Sarney – dá na mesma. Tem lógica, pois a fila de apreciação de todos os vetos deve ter data e sentido recorrente a que se aprecie os que antes chegaram ao Legislativo; afinal o Congresso está lá para atender os interesses da nação como um todo e não de parte dela que se arvora em direitos a obter caráter de urgência pelo que entende ser importante ao que lhe aflige.
       A marginalia que aquela Casa sustenta, possui interesses outros ligados a um clientelismo explícito. São 3 mil vetos largados em algum canto; simplesmente, deixando-os ao "Deus dará". Um dia responderão a Ele pelo ato de tamanha mesquinhez. São amorais, que sequer cumprem com suas obrigações a que são regiamente pagos. Estarão a guisa de que interesses ou vantagens omitindo-se de suas obrigações em deliberar sobre os vetos como o aumento dos aposentados, ou o fim do fator previdenciário? Vimos de maneira clara e límpida pelo julgamento do mensalão a que migalhas se sujeita um parlamentar para usurpar o direito de milhões de pessoas. Evidentemente, tal processo é apenas a ponta de um iceberg da moral torta deste país, e que lamentavelmente, ainda parece contar com a crendice de parte significativa da população brasileira.
     Oswaldo Colombo Filho

O Estado de S.Paulo 18/12/2012

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