sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Apagões não eram coisa do passado?


           Para que Lula fosse eleito em 2002, os petralhas dedicaram-se em dar notória publicidade ao período chamado de "apagão" durante o governo FHC; este por sua vez, em contraposição não soube explicitar nada. O que de fato ocorreu foi uma conjunção de fatores, especialmente motivados por um largo período de estiagem que estatisticamente, até então, se repetia a cada quatro ou cinco décadas.
           Pois é, Lula veio e junto com ele o maior apagão da moral a gerir a coisa pública, e nunca antes na história deste país se viu tanta canalhice e hipocrisia incrustrada no seio da Instituição Presidência da República, e que, aliás, continua, pois é de Dilma o Gabinete em São Paulo onde operava o Rosegate; são também do seu desnorteado Governo as Agências Reguladoras (cabides de emprego petralhas); Ministérios (farta distribuição de feudos e erário à base aliada). A saga continua com a mãe do PAC, empacado como as seis mil creches prometidas e das quais apenas sete unidades entregues, depois de dois anos de anárquica passagem pelo Planalto. É uma pena, mas até a memória dos eleitores é digna de ser apagada neste país.
Dilma num rompante de sargentão declara baixar o valor nas contas de energia elétrica, e isto por decreto...! Ou seja, pisou no acelerador sem olhar para o nível dos reservatórios que estão próximos do mínimo de segurança que FHC enfrentou. Acho que até São Pedro está farto da incompetência dos petralhas; pois se reduzirá mais ainda a capacidade de investir naquilo que está sucateado. Para evitar os apagões-petralhas, que segundo Dilma e o Ministério das Minas e Energias são casos isolados; porém dos seis considerados grandes que ultimamente afligiram o país, dezenas de milhões de pessoas ficaram horas seguidas sem energia, as usinas térmicas (gás natural), deverão ser despachadas. Seu uso produz energia a custos ainda maiores. A infraestrutura geral da ONS caminha a passos largos para a obsolescência, e os petralhas nada ou quase nada investiram em 12 anos, tão apenas colheram daqueles que investiram e lhes deixaram a decretada herança maldita. Dilma sabe disso; afinal, foi Ministra das Minas e Energia. Sabe bem agora quanto nos custa a "doação" da Petrobras ao caudilho Evo Morales; a incapacitação da mesma Petrobras pela politicalha em não investir na Bacia de Santos na extração de gás desassociado de petróleo etc. etc..
          Discorre-se muito que o Brasil evoluiu com Lula; discorre-se assim muita besteira e com muito exagero. O que evoluiu emanou daquilo que abiscoitou como herança; além do que a economia aproveitou da conjuntura global e ali caminhou inercialmente arranhando os movimentos e ajustes econômicos globais que nos foram muito favoráveis. Será que aproveitamos o quanto deveríamos ou poderíamos aproveitar? Obviamente não; pois a política externa burra-lulopetista, não permitiu. Esta é elogiosa? Perdemos quanto? Isto é irrecuperável, são janelas de oportunidades que verdadeiros estadistas enxergam, e não será um apedeuta auxiliado pelo lesa-pátria Marco Aurélio Garcia que faria algo palpável. Não havia e nem há agora competência alguma instalada no Governo Central. Cite para si mesmo três Ministros de competência irrestrita em sua área de atuação! Nem mesmo um de moral ilibada encontrará!
          Economias como a nossa; aliás, "par e passo" à nossa em inúmeros caracteres comparáveis desde 2002, cresceram proporcionalmente muito mais, seja pela renda per capita seja pelo IDH. O que tanto se louva ao corrupto lulopetismo e que aqui se faz brilhar até em editoriais de jornais de primeira grandeza? Alardeiam-se as façanhas na área social; ora, além do que resultou em efeito do já disposto, o governo, mais se preocupou em corromper mentes inflando o mercado por crédito fácil, e que se fará sentir a médio e longo prazo. À sua "vassala e criada" classe ascendente, nada mais fez do que "vender o jantar para pagar um farto almoço"; na hora do jantar é que veremos como a coisa fica. Estão endividados até a boca e os Bancos ganharam como nunca – Lula mesmo diz isso. Distribuir recursos públicos sem contrapartida social é tirar via carga tributária na base de consumo de quem tem alguma coisa, para doar a quem tem menos sem quebrar o ciclo da miséria. Isto não é investir no futuro, é preservar o passado lúgubre para manter interesses funestos da classe política sobre os miseráveis. O que a modifica esses estado de coisas é a exigência de contrapartida educacional, que aqui a politicalha não quer como existe na China e muito antes dela no Japão e Coreia. O Bolsa Família, neste sentido é o esteio da ignorância e símbolo da mediocridade e amoralidade eleitoral e que Lula bem simboliza. 
    Oswaldo Colombo Filho
O Estado de S.Paulo 21/12/2012

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