quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

O paladino da ética


                Lula pronunciava esse chavão moralista, e com muita ênfase entre 2003 e 2005; inclusive na época que as manchetes espolcavam as denúncias do mensalão e do qual ele "nada sabia", para logo depois apregoar que aquilo nunca existiu, tanto é que ao final deu no que deu. Mas para que tudo ficasse bem claro para a sua decantada classe C e que ascendeu via crédito banalizado e enriquecedor das zelites de banqueiros, seria oportuno que num programa de TV; assim como o da Ana Maria Braga, ou Faustão, por exemplo, que fossem convidadas a ex-primeira dama Marisa Letícia e que de fato função alguma exerceu, entrou muda e saiu calada; e a "ex-segunda dama" Rose, e que até a pouco, ao que se vê - mandava e desmandava mesmo no governo Dilma; pois como dizia a qualquer um: era "namorada de Lula" e tudo se resolvia. Se constrangedor for, que sejam entrevistadas em dias distintos, assim a audiência será prolongada; e a pauta... nada melhor será a ambas discorrer sobre o convívio com o honoris causa - paladino da ética, da moral e dos bons costumes, um ex-presidente da República que proferia do alto de sua soberba que nunca misturou negócios de família com os da política; tão somente permitia isso à sua namorada; portanto, diga-se de passagem, fora da família... 
O grande princípio da vida de Lula é não ter princípios, isso é fato mais que comprovado.
       Oswaldo Colombo Filho
O Estado de S.Paulo 20/12/2012

Nenhum comentário: