Engana-se o Ministro; pois “seu doutô”, já deixou de ser peça de
folclore; senão vejamos. Analfabeto, que desabona o hábito da leitura e da
cultura é guindado ao título honrado de “honoris causa”; e isto por uma
inversão de valores morais. Nesse caso - o da honestidade; afinal, falamos do
chefe do mensalão, e que ao critério do citado Ministro e de alguns rogados
estúpidos, ditos intelectualizados, mas de moral dúbia e defensores de Dirceu
dizem ser isso apenas indício e não prova tal qual a de que lavagem de dinheiro
é esquecê-lo no bolso nas calças e mandá-la para a lavanderia.
Aqui ainda, ou melhor, em Brasília, e
para bem exemplificar, tínhamos um “doutô
Ministro da Educação”. Trata-se de um sujeito que chamou outros de
fascistas que o criticaram por ele ter afirmado previamente que “escrever
errado está certo”. Eu não sabia que criticar um burro, apedeuta e ignóbil ao
cargo que ocupou, fosse um ato fascista, o que comprova ser mesmo um ignorante.
Mas há um caso extraordinário e que o
Ministro bem conhece na Suprema Corte; trata-se de um dos seus colegas e que
foi guindado ao cargo de tamanha responsabilidade sem jamais ter transpassado a
função de estafeta da facção política que organizou e dirigiu o mensalão, a
mesma que surrupiou, corrompeu, lavou e acabou com a moral na coisa pública
brasileira e que o próprio Ministro Lewandowski insiste em amenizar.
Em breve, quiçá, quaisquer cidadãos não
se tratem por “dotôres”, mas sim por Ministros. - Sinal dos tempos, afinal se
para os “dotôres” pouco se exige, não se vê também o que determinados fazem na
Suprema Corte, onde pouco ou nada foi lhes foi exigido, e de fato estes sequer
reúnem condições morais mínimas ao cargo que ocupam.
Oswaldo Colombo Filho
O Estado de S.Paulo 28/09/2012
Diário da Manhã (GO) 01/10/2012
Diário da Manhã (GO) 01/10/2012
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