"Não entendo quem escolhe o caminho do crime, quando há tantas maneiras legais de ser desonesto"
(Al
Capone).
Caminho seguido por Lewandowski e sancionado na base de arenga afinada
por Toffoli, Rosa Weber e, inacreditável e lamentavelmente, por Cármen Lúcia,
que salientaram não haver provas de que eles concorreram ou planejaram de forma
organizada para um crime no caso do Mensalão.
Ora, isso está claro para qualquer estúpido e até bem descrito nos
testemunhos dos próprios acusados dados à Justiça. É a essência do Mensalão e
como salientou ministro Luiz Fux numa vigorosa intervenção de caráter e
competência. Desejavam S. Exas. que fundassem uma S/A, devidamente registrada
numa Junta Comercial? Trata-se da mais vigorosa e escorchante busca nas entre
linhas da legislação para desmerecer a peça acusatória no que toca à acusação
de quadrilha. O que é estranho é que em análise em sentenças anteriores, e
promulgadas pelas supracitadas foram imputados vários crimes já ratificados
pelo plenário do STF em que foram praticados pelos mesmos e denunciados em
grupo, agindo concomitantemente ao longo de dois anos e meio. Como não definir
diante disso que não são quadrilheiros? Como propalar que não atuaram como uma
organização que deliberadamente "forçavam vontades políticas" ao
Congresso via corrupção a quem esses quadrilheiros representavam? Leia-se, ao
governo Lula; cujo dirigente mor se aliena e ter responsabilidade alguma
entregando os demais como laranjas.
Tal impunidade tolerada nos faz pressupor até cumplicidade, se isto de
fato não for; porém certamente nisso se transforma ou resulta aos olhos
de todos. Pois evidente fica diante das posições altivas dos demais Ministros:- # Houve
a formação de uma das quadrilhas das mais complexas, envolvendo o núcleo
político; financeiro, e operacional. (...) Os integrantes estriam a lembrar a
máfia italiana, já que envelopes eram buscados, sem conhecimento do conteúdo e
com cifras altíssimas, e-mails trocados e toda forma de comunicação e até
reuniões no próprio Palácio a evidenciar a pouca vergonha e baixa moralidade
...Como não tratar a isso como organização ou quadrilha ... (Marco Aurélio
de Mello); - # É só o indivíduo que mora no morro que sai
atirando loucamente pela cidade que abala a paz social? Eu não consigo entender
essa exclusão lógica – (Joaquim Barbosa respondendo a Rosa Weber
que não “notava” que tais crimes praticados na cúpula da República envolviam a
paz social); # Neste Caso a estabilidade e a permanência da
quadrilha projetam-se para além de dois anos e meio Eu nunca via algo tão
claro, a não ser essas outras associações criminosas que na verdade tantos
males causam aos cidadãos brasileiros, como organizações existentes no Rio e
aquela perigosíssima hoje em atuação no Estado de São Paulo. (Celso de Mello). # -
Houve um elo associativo para a prática de crimes variados por mais de dois
anos o que afasta qualquer tese de coautoria ( resposta a teses de Rosa Weber e
Cármen Lúcia). O acervo probatório permite a conclusão de que o conluio
não era transitório (afinal durou 30 meses e só acabou pela denúncia
pública...); e não se estava diante de singelo, efêmero agrupamento de pessoas.
A intenção era clara:- crimes indeterminados e certeza de impunidade.
(Luiz Fux).
Por certo, e pelas declarações do já condenado meliante José Dirceu,
trata-se do “projeto político” e de governo imposto por ele e outros ao PT,
onde os valores de um Estado são tomados pelo partido, ou melhor, pela facção
que buscava o Poder via revolução armada nos fins dos anos 60.
“Um
Estado sem valores é uma quadrilha”
Santo Agostinho
Oswaldo Colombo FilhoO Estado de S. Paulo 23/10/2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário