Esmeram-se
pseudoespecialistas no Governo a nos guindar ao raciocínio da supremacia do
zero a esquerda, como dar sentido populista de ser a sexta economia do mundo,
ou de que em vinte anos estaremos no primeiro mundo; porém escondem que em
Garanhuns se pratica canibalismo e vendem empadinhas recheadas de carne humana;
ou ainda que mais da metade do país sequer possui esgotamento sanitário, sendo
essa a causa principal de mortalidade infantil e sabe-se lá de tanto quanto
outros males no Brasil. Apontam para o alto de uma pirâmide que não nos
qualifica socialmente em absolutamente nada e nem nos impinge qualquer
perspectiva de prosperidade econômica. Aliás, tão apenas calca-se no raciocínio
de prosperidade baseado no “consumo”, algo que tanto combatiam no passado.
Trata-se do capitalismo dos comparsas socialistas. Canastrões. Contudo, o
professor Carlos Alberto di Franco, brindou a nação com um artigo (Estadão
16/04 - Inverno versus janela demográfica), (http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,inverno-versus-janela-demografica-,861639,0.htm)
que demostra que mesmo sem
perspectiva ao olhar para a mais absoluta incompetência que gerencia este país,
existem fatores cuja ordem natural não pode ser alterada. O professor aborda
com muita propriedade, e aqui faço uso de parte da expressão de seu artigo, do
desperdício da “janela de oportunidades” que o Brasil vive por dispor desde meados
da primeira década deste milênio e que conviverá até a metade desse século, com
o que em demografia denomina-se “bônus demográfico”. Trata-se da passagem de
uma nação por um período onde seu crescimento demográfico atinge uma curva onde
existem mais pessoas ativas (entre 16 e 60 anos de idade) do que a parcela da
população potencialmente inativa. Se estabelecermos uma proporção entre as
grandes nações, em termos de dinâmica de mercado; número de consumidores
(população); extensão territorial; etc. o Brasil pode se situar notoriamente
entre os mercados mais prósperos como consumidor e produtor (principalmente)
para muitos produtos e serviços. Porém também não possui nenhum plano em médio
prazo para qualquer política social ou econômica, sequer imaginar isso em longo
prazo. Apenas pacotes como fragorosamente até se referem os próprios medíocres
instalados nos ministérios.
Para isso
precisamos valorizar competências e não de alguém que discurse a mesmice “de
que o céu é igual para todos” enquanto que o horizonte depende da larga visão
de quem não seja medíocre. O professor termina seu artigo de forma simples, mas
muito objetiva: - “Gente não é problema. É solução”.
Disse
tamanha verdade em tão poucas palavras. Cada dia que abrimos s jornais mais se
vê o homem, o trabalhador, o contribuinte, o consumidor sendo desfocado no
amplo sentido no que lhe concerne em direito. Não são vistos como solução em
nada. De um lado os aposentados custam, mas não são consumidores na outra
ponta? São problemáticos, pois estão vivendo muito. E os salários dos
trabalhadores? Encargos sobre folha custam? Ora segundo o professor Pastore,
aqui no Estadão, este país gasta por ano com acidentes de trabalho e outros
custos decorrentes cerca de R$ 77 bilhões/ano. Quem financiará isso? Queremos
produtividade, mas fabricamos aleijados. Queremos blindar a indústria
automobilística nacional que ainda dá 1/3 a 1/5 do período de garantia dos
veículos importados. Primamos pela incompetência em todos os sentidos. Como
disse o professor di Franco:- “Gente não é o problema. É a solução”. O que
precisamos é de um timoneiro que não olhe para céu, mas busque novos
horizontes.
Oswaldo Colombo Filho
O Estado de S.Paulo 19/04/2012
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