Não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade.
Paulo de Tarso
Em que pese os dissabores do tratamento e preocupações de seus familiares e amigos, o ex-presidente Lula está fazendo um tratamento ao mal que lhe aflige dentro das melhores condições possíveis que a medicina contemporânea pode oferecer. Nem poderia ser de outra forma, e assim deveria ocorrer com todo e qualquer cidadão; pois se aos olhos de Deus somos todos iguais, nem haveria distinção entre nós e por nós. Assim, espero que no Hospital de Heliópolis em São Paulo, tido como referência pelo SUS para tratamento do mesmo mal que vitima o ex-presidente já tenha sido sanado o descaso noticiado em breve nota em jornal de grande circulação de São Paulo. Ali faltavam medicamentos para quimioterapia há mais de um mês, isto segundo pacientes e funcionários. Também se registravam corriqueiramente falta de materiais básicos, como luvas e respiradores, além do número insuficiente de médicos e funcionários especializados. Vários aparelhos estão sucateados. Informava ainda a matéria que 82 pacientes que fazem tratamento oncológico foram prejudicados. Os medicamentos faltantes são usados em tratamento contra diversos tipos de câncer. O preço deles pode chegar a R$ 6.500 (uma cartela de 28 comprimidos, no caso do Erlotinibe). Um paciente de 71 anos precisava tomar Everolimus diariamente, mas ficou mais de 40 dias sem o remédio, em razão da falta naquele hospital.
Isto não é novidade, sempre nos deparamos com notícias dessa ordem na mídia jornalística. Lula elogiou em seu governo várias vezes o SUS; brincou dizendo que: “queria ficar doente para se tratar no SUS” (mais uma perola para sua biografia) Em Recife, mais uma para sua biografia, disse que: “aconselharia a Obama para tratar dos 50 milhões de miseráveis norte-americanos” – a plateia, formada por miseráveis em moral o aplaudiu esfuziantemente como num circo de horrores, como se a miséria material de outrem fosse motivo de júbilo. Recentemente: - “eu, um operário com nove dedos fiz mais que Bill Gates e Steve Jobs juntos...”. Este último falecerá dias antes vítima do mesmo mal que foi diagnosticado a Lula apenas alguns dias depois.
A ninguém e em defesa do princípio vital que é a maior concessão Divina, lhe é solicitada a certidão de grandeza moral por qualquer um de nós para receber qualquer tratamento médico. Esta cabe apenas a um Plano Superior. Da mesma forma a ninguém ela pode ser negada ou subtraída pelos entes neste plano. Fico imaginando quantos e tantos hospitais no Brasil, onde morrem 150 mil pessoas por anos tão somente por infecção hospitalar, morrem ou sofrem dores imponderáveis pela falta de medicamentos, equipamentos, médicos e funcionários dignamente remunerados. Estes não fazem parte da elite de mais 150 mil cargos de confiança da republiqueta de comparsas (a Alemanha possui apenas 170). Quanto a corrupção mata neste país de imponderáveis ações norteadas por políticas incompetentes onde a DRU está prestes a roubar mais R$ 70 bilhões/ano do Orçamento da Seguridade Social (Previdência e Saúde pública), pois é necessário manter a cantilena da falta de recursos e a manutenção da carga fiscal altíssima onde até os medicamentos são vitimados em 34%. Caso único no planeta. O mal que aflige o ex-presidente Lula, longe do besteirol das extremadas opiniões, deveria suscitar a todos a reflexão de que nada somos, mas muito podemos fazer para mudar esse estado de coisas de tal forma que o melhor possa ser dado a todo e qualquer cidadão da mesma forma que como desejaríamos fosse dado a nós ou a algum membro de nossas famílias. Assim está no Evangelho como preceito básico deixado por Cristo.
Oswaldo Colombo Filho/Economista
Diário da Manhã 05/11/2011
O Estado de S.Paulo 06/11/2011
Impressa Livre 07/11/2011
Diário de S.Paulo 23/11/2011
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